quarta-feira, outubro 24, 2007

sábado, março 24, 2007

Jours Tristes revisitados

Ao passear pelas "famosas" páginas do hi5 fui inundado por uma profunda e intensa sensação incomoda, ainda que ao mesmo tempo terapêutica.
Incómoda porque as pessoas perderam a noção das fronteiras do seu espaço e se expôem, mais a sua vida, a estranhos, escancarando-nos sem preconceitos e com despudor desenvergonhado (uma redundancia?) a porta do seu mundo. Serei só eu a achar que estamos a esbanjar o nosso bem mais precioso, a intimidade, de mão beijada? Um artista expõe a sua obra, não a sua vida. O convite à masturbação voyeur colectiva leva à destruição do nosso segredo, do nosso bem mais precioso que é possuir a chave que apenas permite, tal qual um santo graal, o acesso àquele pedaço de nós aos escolhidos e predistinados. Dito desta forma, parece que aquilo que o meu mundinho tem para oferecer é excepcional e maravilhoso. Mas não é. É uma tremenda seca. Mas é o meu. Não o estou a tornar misterioso e aliciante, numa atitude presunçosa, descanse o leitor. Não estava a ser irónico, é de facto, e vamos esclarecer isto para que não restem dúvidas: uma seca. Tal qual qualquer mundo que por aí ande.
Em relação à sensação terapêutica: ao olhar vezes sem conta para toda esta oferta de amizade a preço de saldos fui assolado por uma dúvida"beatlesca", ah the lonely people... where do they all come from? (violinos). Será a solidão interior (qui ça a mais dilacerante e angustiante) que leva à globalização da necessidade de exposição e de afirmação do nosso “ego” perante o mundo? ( mais violinos) Não me parece que isto tenha feito mto sentido! Mas o que qero dizer, é que existe a necessidade de reconhecimento e afirmação da nossa vida perante o outro. A necessidade permente do elogio. A cócega singela no nosso ego fragilizado pelas frustrações do dia a dia. Como se a nossa pessoa pudesse ser elogiada por um comentário a uma fotografia. É reduzires-te a mto pouco ou quase nada.
Mostra a cara a ½ mundo! Faz-te conhecer. Dá-te a conhecer.
O artista expõe a obra, não a sua vida. E tu podes ter uma obra para expor.
Lembra-te: Sobretudo os que não sabem ser artistas sucumbem (palmas!)

sábado, março 17, 2007

Jours tristes?



Deixaste morrer o teu girassol

arrastas-te pela vida como um caracol


Deixaste secar a última lágrima

ficaste suspenso no virar da página


Deixaste cair a última folha

à espera do tempo e que a foice te colha


Observas o mundo através da janela

Anseias pendurar-te e voar nela


Deixaste esquecer tudo o que viste

E refugias-te na melancolia desses jours tristes.


sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Manifesto contra as farmacêuticas

Ó caros leitores. Este vosso compincha é por vezes assolado por dúvidas que lhe turvam a nitidez do pensamento. Que já não é muita sempre que tira os óculos.
A minha dúvida é a seguinte dois pontos

Faz-se o tratamento para o herpes labial, principalmente por razões estéticas. Então porque raio é que a pomada do aciclovir é branca? É para tornar o tratamento do herpes inestéstico? Ou seja, haja coragem e então eles (os malandros das farmacêuticas) que assumam o seu sadismo e decretem o herpes labial uma fatalidade, que castiga os beijoqueiros, toma para aprenderem a não serem tão promíscuos. Ainda me pergunto pq raio ponho o raio da pomada branca. Mas confesso que me dá uma alegria danada qdo algum colega de trabalho aponta para o meu lábio e com algum secretismo, para que os outros não ouçam, pq ver ja viram todos, sibila que tenho um "restinho" (gosto tanto de diminutivos) de pasta de dentes, e faz o gesto discretamente para eume limpar. Eu tenho duas saídas. Ou digo que está enganado e aquilo que vê é um sintoma precoce de raiva, adiantando que fui mordido por um coelho raivoso (quase louco e fora de si) que passeava no jardim público, ou então digo "oh não gozes comigo, não tenho nada" enquanto observo agradado a aflição no seu rosto, continuando a segredar " é a sério, estás aí sujo, limpa". Dá-me imenso gozo perpetuar a sua aflição por uns minutos, pelo menos até perceber q é sua intenção por o seu dedo na suposta pasta de dentes. Aí digo alto lá marujo, isto é aciclovir. Ele solta um ah, com respeito, e afasta-se com medo do contágio. É que leu por aí que o herpes voa.

Portanto pessoal das farmacêuticas, sei que vós gostais de gozar à conta dos pobres coitados beijoqueiros que padecem desta maldita doença, mas BASTA! Acaso vós pensastes que em vez do branco, ó mentes iluminadas do laboratório, podíeis usar, ora deixai ver, o transparente. AH, OH, BRAVO MANOLITO, QUE IDEIA GENIAL, TAL NUNCA NOS OCORRERA! exclamarão os cientistas fabricantes do aciclovir pomada. Se não me ponho a pau qq dia fabricam a pomada em vermelho ou roxo ou lilás.

Um abraço
Manolito

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Parabens ó blogger!

É com alegria que constato que o blogue faz hoje um ano.
Para celebrar vou publicar um post.
Já está.