Ensaio Sobre a Loucura - Manolito Gafotas 1983
Tive esta ideia brilhante de tirar uma foto a um espelho no fim de ano de 1982 num Hotel de Viena.
Foi o começo auspicioso de uma carreira na fotografia expressiva.
Neste ensaio procuro conciliar o vazio do espaço com o vazio da alma dum louco.
Na primeira foto (o ensaio deve ver-se da esquerda para a direita e de cima para baixo) a personagem está imovel, serena, como que expectante em relação ao futuro. Ao mesmo tempo atente-se ao olhar fugidio e apreensivo. Na segunda foto, é-se atingido pelo inevitável soco da realidade, em que o louco é confrontado com a sua loucura, que lhe é insuportável.
A última foto é a queda, em que o vazio do espaço e o minimalismo tomam maior expressão, ao tornarem-se dominantes em relação ao louco, que vai caindo no vazio da sua loucura.
Agradecimentos: Agradeço às minhas visitas muito instrutivas às exposições de arte contemporânea.
8 comentários:
és um génio! Estou ansioso pela estreia do teu bailado contemporâneo "Apanhado na cama com a madrasta".
Ouve lá, em 1983 tinhas tu 4 anos!
Sou mesmo triste. Devo ser o único gajo que se autocomenta e que inventa personagens para dar vida a esta merda.
Ex.mo Sr. Ex-Deputado e Ex-Ministro da minha presidência do Leite,
Devo dizer-lhe que o seu ensaio sobre a Loucura excede todas as minhas expectativas no que concerne àquilo que eu pensei serem as suas capacidades. Como tal, expresso desde já o meu mais profundo arrependimento de o ter expulsado do meu próspero Governo do Leite - ainda hoje recordo com saudade a torné da nossa comitiva por terras alemãs no saudoso ano de 2001.
Nada seria melhor para o País - na minha mui humilde opinião - do que ter Sua Excelência de volta. Porém, no entanto, e não obstante, tem de compreender que não é possível. O nosso Povo nunca iria compreender a sua loucura - que, aliás, se começou a manifestar há já alguns anos quando recusou um copo de leite oferecido por um membro da nossa população.
Foi com profundo pesar que lhe dei esta notícia. No entanto, porém, não obstante, alegra-me vê-lo tão empenhado neste novo projecto: Les Jours Tristes. Não querendo ser acusada de ignorância, tenho absolutamente de lhe perguntar: plágio de quem? Noto a minha falha, mas, não obstante, porém, não podia deixar de o inquirir.
Esperando ansiosamente pelas novidades do seu blog, despeço-me
Com os melhores cumprimentos,
Ex.ª Sr.ª Dr.ª Presidente do Leite
Exª Srª Presidente do Leite:
A vaga referência ao plágio deve-se ao facto de existir um blog com o nome Les Jours Tristes. Basta procurar. Mas já percebi que é uma admiradora convicta deste louco da nossa praça. Há loucos assim, como diria o outro! Une triste idée, non????
Devo no entanto, e antes de me despedir, corrigir o meu carissimo Gafotas em relação ao meu heterónimo. Traduzido claro está, não é Pé de Corno, mas sim Pé de Milho.
Sem mais de momento aqui me despeço a ouvir "traumerei" de Robert Schumann. Certo de que saberá do que falo.
Um grande bem haja, com votos de que cada vez apareçam mais e mais e mais participantes.
ps- as ervas daninhas esperam por ti!
Caro Fita de Milho,
lamento desapontar Vossa Excelencia e destruir o seu elementar raciocinio.A fonte de plágio pode ser vista sob 2 prismas. A ideia parte de uma música de Yann Tiersen.
A ideia de que vou ser acusado de plágio é mais profunda e pode ter interpretações mais filosóficas do que o simples plágio.
DEixo à vossa imaginação...
Ps- Fita de Milho, vou ter que recusar a amável proposta, pq já aceitei uma proposta de emprego da Igreja de St. Sonia Patricia, para fazer de freira entre as 18h e 19h, o que me deixa curto de tempo para poder arrancar ervas daninhas.
Um abraço afectuoso,
Manolito
"....fita de milho o caraças, o que tu queres é um busto de Napoleão...!!"
Decerto que conhece esta velha anedota.
Em relação ao plágio, muito agradecido por me ter elucidado. Lamento não ter atingido a profundidade do seu raciocinio, mas Yann Tiersen......gosto muito.
Fico muito decepcionado por não poder contar com os seus préstimos no meu jardim, mas estou certo de que é por uma boa causa. Boa sorte com os fiéis.
Eu próprio em tempos exerci trabalho semelhante, mas nos escuteiros da Arruda dos Vinhos (assim como quem vai para Vila Franca, mas pela estrada velha, está a ver???). Tem uma igreja belissima.
Despeço-me desta feita ouvindo "Mr. Tambourine Man"
Aquele abraço
Não conheço a anedota, mas é deveras hilariante! Mais, dá azo a uma série de possiveis variações todas elas com elevado grau de comicidade.
Conto dentro de tempos publicar essas variações no blog para o regabofe total.
Estejam atentos!
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