segunda-feira, janeiro 23, 2006

Errata

Já recebi inúmeros mails de fãs e telefonemas de amigos para me avisarem de gralhas (gralhas?! são é mais bujardas que envergonham o Telmo da Tropah!) que encontram neste espaço lúdico, ao qual, ao que parece, já reservaram um cantinho especial nos seus corações.
Ora vejamos: ComparÇa só se for uma graça... mas parece ser mais uma farSa. (vide peça sobre Quem é o outro?)
Aos caros leitores, que me tomam como exemplo, quero expressar o meu mais profundo pesar por ser fonte de desaprendizagem desta tão prezada língua.
Prometo um curso intensivo de português. Queria lembrar aos mais distraídos a minha infância turbulenta e a dificuldade que era, e ainda é, arranjar um professor de português em Musvadala.
O mais perto que tive de um professor deste magnífico idioma, foi, lá está, um comparÇa que era uma farSa, dos tempos idos na guerra do Ultramar, o Serafim do Huambo. Com ele aprendi expressões como o "Tája ver?" e "Mantorras" e "props po piple" eqto fazíamos emboscadas ao inimigo português.
Ai o Serafim. Deus o tenha. A mãe, a dona tatiana, ficou desfeita com a sua morte. Literalmente desfeita, pq o Serafim, como guerrilheiro extremoso e dotado de um espírito invulgarmente curioso, levou para casa uma receita de cocktail molotov, que experimentou "cozinhar" no forno do seu barraco nos arredores do Huambo. "Sérahfim, tuh tens à cérteza qisso é pó forno?"perguntou-lhe a cautelosa tatiana "Bissoluta tajáver!Molotov é bolo.Bolo vai nos forno!" O resultado foi um belo fogo de artíficio. Enfim, este foi um pequeno aparte, para homenagear o meu primeiro e único professor de portugues, o Serafim do Huambo.
Outras fontes de aprendizagem foram clássicos da literatura portuguesa que adquiri num alfarrobeiro de Musvadala, como "Anita aprende a nadar" e "Anita a cavalo".
Portanto peço um pouco de compreensão para com a minha ortografia de rua, eu, um autodidacta das montanhas de Musvadala.

Ps - alfarrobeiro ou alfarrabista?


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